Se vão para a Escola, se vão para viagens, se vão para morar em outro lugar… se vão…
O peito aperta demais, acho que não estava preparado para isto.
Medo, angústia, incerteza. E ao mesmo tempo, a paz de abrir esse espaço para que ele siga seu caminho.
Afinal, esse é nosso papel como pai. Nem empurrar, nem puxar. Estar ao lado, no caminho deles.
Esta minha dor nada mais é do que desconfiança da capacidade de meu filho lidar com o mundo. Nós, pais, achamos que eles não são capazes e não nos damos conta disso.
🥿 “Ele não consegue colocar o sapato”, “Ele vai sofrer na adaptação escolar”, “Ele não consegue escovar os dentes sozinho”. Ele não sabe, não consegue, não é a hora.
Será? 🤔
Encorajamento talvez seja a grande arte de criar filhos saudáveis, resilientes, autênticos, gentis e éticos. E isso acontece a cada ação e reação dos pais, acentuado pelo pai com o filho homem (como é meu caso).
Depois de alguns dias junto com meu filho Davi na adaptação escolar, hoje foi o primeiro dia que o deixei e voltei pra casa. E, como de costume, fomos honestos e transparentes com ele desde o início. Davi nunca saiu de casa sem saber exatamente onde estava indo e porquê.
Eu não queria ir embora. Minha vontade era ficar. E a vontade dele era que eu ficasse. 💔
Nos abraçamos forte na porta da sala e eu disse:
“Filho, é muito difícil para o papai também, eu entendo. Que bom que estamos cercados de pessoas boas para nos cuidar, como a Dona Rita (a professora). Você terá sempre seu lugar para voltar. Divirta-se, meu amor. Busco você depois do lanche.”
E hoje entendi que a adaptação escolar não é para as crianças, mas sim para os pais.
O coração está cheio de saudade, com muita vontade de abraçá-lo.
Vá, filho. Este turbilhão todo é meu, e não seu. Siga seu caminho. Divirta-se, acima de tudo. Esta é sua principal tarefa como criança. 🎈